terça-feira, 8 de junho de 2010

CONTRIBUIÇÃO AO TURISMO ETNICO (QUILOMBOLA)


Como parte do esforço de fortalecimento das relações entre as cidades homônimas a AAICO firmou contato com a cidade irmã de Colares do Brasil e recebeu a visita da Comitiva de Colares de Portugal. Ttambém já fez contato com Benguela no continente africano, de onde vieram os escravos para servir os Barões que habitavam em Colares no século XVIII. Ressalta-se que o presidente honorário da AAICO, Sr. Manoel Lourenço, também é afro-descendente. Notícia formidável é que à convite da AAICO, no dia 04 de setembro de 2008, o Ministro de Estado, Chefe da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial Sr. Edson Santos, pousará de helicóptero no Quilombo do Cacau em Colares, onde tomará café da manhã e receberá das mãos do bisneto da escrava Ângela, Sr. Avelino de Almeida, propostas para o desenvolvimento sustentável no Quilombo do Cacau.

As propostas apresentadas
Turismo indica movimento de pessoas que não estão a trabalho em contextos diferentes do de origem, seja este o lar, a cidade ou o país. Trata-se, geralmente, de visitação a lugares onde poderão ser desempenhadas as mais variadas formas de atividades práticas e/ou subjetivas desde que não o trabalho. A amplitude do termo parece caber desde ao olhar visitante a um monumento na própria cidade de origem até ao passeio em lugares totalmente desconhecidos de outros países.
Sobre turismo de fim de semana em aldeias e Comunidades Quilombolas –, prevê-se a geração fabulosa de renda e emprego também gerando interações sociais entre turistas e hospedeiros. A pesquisa antropológica em geral, tanto urbana quanto rural ou de grupos étnicos é uma fonte formidável de tratamento do Turismo Étnico.
Assim, se turismo é um fenômeno muito complexo, não só por se apresentar quantitativamente com uma das maiores (se não a maior) indústrias do mundo, mas principalmente por uma enorme diversidade de objetivos programáticos.
Dentro de toda essa complexidade do fenômeno, gostaria de destacar um paradoxo quanto à busca do objeto turístico pelos turistas. Hoje, já se inicia o turismo espacial, há uma procura cada vez maior por sociedades extra-terrestres. Isto é um paradoxo, porque se construiu num como foco da visitação turística e procura pelo diferente, pelo exótico, pelo outro .
Essa não é a mesma perspectiva que se insinuava no início da antropologia do turismo, mas a idéia é sensacional, quando dentro deste contexto, têm-se literalmente subsídios capazes de atrair o turista pacial.
A chegada das naves extra terrestres que emitiam raios, capazes de atingir os nativos da Ilha de Colares, deixou o legado de trabalharmos na hipótese de desenvolvermos o turismo ufológico, dando sustentabilidade ao turismo, passando a condição de chamariz turístico, e assim também participando da perspectiva do desenvolvimento local do turismo. Se o exótico, o outro, é procurado em lugares distintos do de origem do visitante, os habitantes desses lugares, de acordo com a perspectiva turística, devem se promover como esse exótico, a fim de ser atrativo no mercado turístico.
Etnicidade e turismo
Etnicidades são fenômenos sociais que refletem as tendências positivas de identificação e inclusão de certos indivíduos em um grupo étnico. A distintividade dessa identidade, para caracterizar um grupo étnico, deve se remeter a noções de origem, história, cultura e, até, raça comuns.
Turismo étnico
Quando o "exotismo étnico”” é buscado, então uma forma distinta de turismo pode ser identificada – turismo étnico. No turismo étnico, o nativo não está simplesmente lá para servir as necessidades do turista; ele está ele mesmo em exposição, um espetáculo vivo a ser escrutado, fotografado. A questão da autenticidade deve ser reforçada no turismo étnico O turista quer ver "nativos intactos". Assim, a procura turística por autenticidade estaria diretamente relacionada a etnicidade.
Sirva-se do Passado e do Presente
O Turismo étnico vem para valorizar a vida nativa. Pois contemporaneamente, pretende-se não estimular a alteração do meio e fim da base do turismo étnico. Não há turistificação, e sim a natividade turística. Pode-se denominar também Turismo de Raiz.
Índios e Negros, integram um grande potencial turístico.
A diversidade etno-cultural da Amazônia transforma-a assim num celeiro do Turismo Étnico.
Passeios pelo passado, visitas ao presente.
A etnias querem continuar como sempre estiveram, em paz.
O medo da civilização, transforma o nativo em valoroso tesouro, capaz de alavancar a economia.

Rosa Gomes - Gestora de Turismo e Diretora da AAICO

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