A precária ponte estendia-se por 860 metros sobre a várzea causando acidentes graves e prejuízos aos quilombolas
Na foto, equipe da Gerência Regional do Patrimônio da União - GRPU chega à comunidade quilombola do Cacau.
A Comunidade Quilombola de Cacau, formada em sua essencia por descendentes de escravos vindos de Benguela, na África, os habitantes são verdadeiros amazônidas. Lutadores, sobreviventes de uma realidade de exclusão e abandono. Para ter acesso às suas singelas moradias tinham que chegar por via marítima e utilizar-se de uma armação de paus que se estendia desde a beira da maré até 860 metros várzea à dentro. Nesta famigerada ponte perderam-se duas crianças que ainda no ventre de suas mães experimentaram o que o descaso e o abandono produzem. Semelhantes aos seus antepassados, os quilombolas contavam apenas com seus próprios meios e a bondade Divina para sobreviver.
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